Viagem a Chiclayo

17/09/2017

De Cusco passamos por Lima e fizemos um vôo para a cidade de Chiclayo, situada a noroeste do Peru.

Fomos incentivadas para mais esta aventura pelo desejo de conhecer, de perto, um pouco sobre as civilizações pré Inkas - Chimu, Mochica e Lambayeque - que habitaram vasta região nas proximidades de Chiclayo.

Pirâmide mortuária do
 Senhor de Sipan
construída com tijolos de barro

Ao contrário dos Inkas que construíram sua civilização utilizando blocos de pedras, as citadas sociedades acima, sustentaram por séculos a construção de suas cidades com tijolos de adobe, construindo templos piramidais, largas muralhas, armazéns para a proteção dos alimentos, canais, aquedutos.

Ruínas de pirâmide preservada
 no ambiente árido

A escassez de chuvas possibilitou a preservação das ruínas até nossos dias. Arqueólogos vêm realizando escavações por décadas e, com as descobertas e estudos feitos, puderam esclarecer sobre a vida  e costumes das tais civilizações.

A umidade do ar
nesse ambiente,
permite a realização de cultivos.

Chiclayo localiza-se em uma região árida que se estende do norte do Peru (chama - se Sechura) até o Atacama, no Chile.

Apesar de seco, pois a chuva é escassa, a umidade do ar é muito alta, especialmente no período entre maio e novembro. Essa umidade era suficiente para que antigas civilizações pudessem desenvolver cultivos de milho, amendoim, frutas, batata. Tal situação repete - se até os dias atuais. Os habitantes dessa região utilizam canais e aquedutos restaurados e que foram construídos há milhares de anos.

Cultura Moche - Sítio Arqueológico de Túcume

Museu de Túcume.
Infra estrutura de atendimento
bastante simples ainda

Réplica de inscrições retiradas
de uma parede do Templo do Sol

Criou grande complexo de 26 grandes pirâmides, além de outras menores, todas feitas de adobe (sabe-se que usavam moldes). Exerceram poder político e religioso e tornaram sagrados os espaços dos templos piramidais construídos: do Sol e da Lua.

vista geral do sítio
arqueológico Túcume

Cultura Lambayeque - Sipan

Réplica de adornos
 na tumba

Desenvolveu-se no vale do rio La Leche, no período entre 700 e 1300 d.C.

Esse povo negociava conchas e caramujos com o Equador; pedras preciosas com o Chile, extraíam ouro  e prata na parte leste do Peru. 
Fabricava cerâmicas para cozinhar, guardar líquidos, enfim, para uso diário e ocasiões religiosas. Utilizava metais na fabricação de armas e adornos.

Nas tumbas descobertas e estudadas, foram retiradas inúmeras peças de metal, cerâmicas, jóias, ornamentos corporais.

O Senhor de Sipan

Replica da tumba
do Senhor de Sipan

Os arqueólogos desenterraram restos mortais de um homem, que tudo indica ter sido uma alta figura governamental. 
Calcula-se que viveu há 1200 anos. Foram inúmeros os objetos de ouro e prata, cobre trabalhado, vasos de cerâmica, esqueletos de mulheres e de outras pessoas, encontrados na sua tumba. Além dele, outras tumbas foram exploradas e grandes riquezas encontradas.

A importância dessa descoberta foi tão grande que criaram o Museu Tumbas Reales de Sipan.

É um museu muito bem montado e organizado com peças originais muito preservadas. Em nada perde para museus de outros países, levando em conta a peculiaridade de seu tema.

Não há fotografias internas do Museu devido a expressa proibição de entrar com celulares, máquinas fotográficas, filmadoras, etc.